O que é a saudade que aperta?
Me peguei pensando este final de semana sobre o que é realmente a saudade, acredito que um pouco influenciada pelo feriado de finados, mas muito influenciada por 2 livros que li esta semana sobre espiritualidade na rotina.
Na verdade, e sempre fui firme neste meu posicionamento, não sou uma pessoa de sentir muitas saudades. Atribuo isso ao fato de desde muito novinha ter entendido que é preciso viver o hoje – e assim o venho fazendo.
Quem convive pertinho de mim sabe que tenho 2 lemas: dormir tranquila sabendo que fiz meu melhor e jamais carregar tristezas ao sair de casa. Afinal, acordamos hoje, mas não sabemos se esse dia acabará conforme planejamos.
É assim que aproveitar cada dia, comemorar cada micro-conquista, agradecer por cada “perrengue” se tornou meu padrão “positivista”.
Em algum momento chave internalizei a maior (talvez única) certeza que temos de que esta vida é finita (aqui neste mundo pelo menos) e que não temos noção alguma de quanto tempo pessoal ainda temos por aqui.
Então não dá mesmo para deixar para amanhã alguma coisa que é importante para meu coração!
Bem aqui começa minha reflexão sobre saudades.
Sempre que tenho um apertinho saudoso, faço um exercício rápido de inversão da saudade triste, troco o “não é mais possível” pela substituição da maior quantidade disponível de lembranças bonitas que eu tenha referente ao assunto. E te conto que funciona.
Saudades para mim é sentir a ‘falta” de algo que foi muito bom, mas que com a certeza de “aproveitei” muito bem para colecionar bons momento e conviver bem com o fato de não poder mais “reviver” estas situações.
Com o “resgate” das boas lembranças eu só sinto: sinto felicidade, sinto os cheiros, sinto as vozes, sinto amor, sinto o privilégio de ter tido a oportunidade de ter essas lembranças e sigo!
Escrevendo essa carta, estou carregada de amor e saudades e estou concluindo que hoje eu sinto 2 grandes saudades: dos meus avós preciosos e do meu filho bebê! Lindosssss demais!
Pensar nessas 3 figurinhas fazem meu coração parar para um suspiro no tempo, encontrar uma pausinha para ir e voltar, rir e reviver memórias, sentir de novo todas as emoções e gargalhadas, boas histórias e ensinamentos que preenchem minhas lembranças e me fazem ser a Ellen de hoje!
Só sinto, re-vivo e agradeço!
Quando penso nos meus Avós sou imediatamente preenchida pela alegria de viver, disponibilidade em ajudar o próximo e energia pelo trabalho que meu Avô Didi me deixou.
Já quando penso na minha Vó Catinha, as lágrimas brotam… tenho a certeza de que dela fiquei com o fervor da fé, a graciosidade de um cafuné e a ousadia de uma vó que usava biquíni e era a única mulher disponível a enfrentar o mar por horas com a netaiada. A Catinha também era a dona da melhor receita de bife a milaneza da terra, que ainda quando comia carne procurava nos cardápio e obviamente jamais encontrei aquele sabor – mas essa é uma história para outra cartinha.
E para fechar as saudades boas, meu Filho Henrique… que bebê!
Parei minha vida por ele… e fiz de todo amor! Queria viver cada minutinho da maternidade, cada sorrindo, conquista, passinho e cheirinho. Afinal, eu havia decidido ser mãe, queria viver o pacote completo. Assim fiz! E meu filho bebê está nesta lista das saudades simplesmente porque foi este bebe-delícia que me ensinou a cuidar sem querer nada em troca, a querer ser a melhor pessoa, a compreender o que é a vida acontecendo, desde a vida pulsando dentro de mim a essa mesma vida pedindo um colinho fora de mim! Só amor!
Sinto, sinto e sinto!
Que bom poder ter o poder das lembranças para ativar meu amor, vontade de viver e resgatar esses amores que me compõe.
Fecho essa carta apenas te convidando a sentir. O que tem aí dentro de você para sentir?
Sinta! Sinta com a sua verdade, sinta que é parte de você e agradeça!
Aqui já estou pensando em como finalizar minha assinatura nesta carta aberta, mas antes acabei de decidir que o tema merece uma dedicatória e lá vai:
Dedico esta carta:
- Aos meus amados Avós Didier e Catarina – puro amor!
- Ao meu Filho Henrique que é força radiante na minha vida – pura luz!
- E aos meus Avós Paternos, Elpídea e Francisco, que não tive a oportunidade de conhecer, mas que sinto o que deixaram para mim e fortemente só escrevo essas cartas porque tinha um avô que me deixou umas dicas de como usar as palavras – pura tradução do compartilhar!
Gratidão máxima por estas pessoas e por esta vida!
Com amor,
Ellen Rê Camargo
Idealizadora de @beboldup, mulher, aprendendo a ser mais feliz a cada dia!
E, quebrando a rotina, fazendo algo que nunca fiz aqui nas cartas, umas fotinhos!! Meus avós e meu filhotinho! ♥︎♥︎♥︎
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Clique nos links para ler as outras cartas abertas que escrevi para você!
❥ CARTA ABERTA #1 | Meus DESAFIOS, na prática!
❥ CARTA ABERTA #2 | Sobre desapegar!
❥ CARTA ABERTA #3 | Sobre autoferir-se
❥ CARTA ABERTA #4 |Gosto de gente!
❥ CARTA ABERTA #5 |Gratidão