Transformação & Rotina Gentil

Qual mulher sobrou de mim?

mulher de 40

Só leia se for uma mulher de mais (ou quase) quarenta sobrevivente a pandemia que está se questionando: Qual mulher sobrou de mim?

Bom já vou começar te situando na minha página, fiz 40 durante a pandemia, 2 anos antes da grande parada decidi investir em carreira solo e viver uma rotina com tempo para me curtir, curtir meu filho, algo que em 19 anos de carreira corporativa era um ponto de culpa.

Muito planejada que sou, estava com tudo em planilha, dinheiro investido com data certa para resgate e listas de desejos para fazer o que nunca fiz.

Toda virada de vida desperta alguns tipos de comportamentos.

Pessoalmente, na busca de descobrir quem eu era naquele momento chave, me manteve mais introspectiva em casa, delícia não pensar no salto que combinasse com a camisa. Poder fazer escolhas sem prestar contas também se mostrou de uma liberdade enorme.

Do lado de fora o rompimento da carreira na evolução esperado pela sociedade naturalmente também fez um filtro de contatos, isso foi bem positivo, só permanceram os queridos verdadeiros sem pretensão de um contatinho facilitador. Fato!

Mas voltando a pandemia…

Depois de um primeiro choque com a reclusão, começou aquela corrida maluca para adaptar o trabalho para ser visto se passar da portaria, passado um primeiro momento eu também entrei em love com a minha casa, minhas meias e minhas coisinhas.

Passou-se um ano de a balada mais forte que participei foi um zoom com mais de 30 pessoas para um curso gringo.

Ok, entendi que havia de vez entrado para turma do me arrumo agora só nos 50%, afinal, em câmera de computador da cintura para baixo não aparece mesmo, não é mesmo?

Então comecei a me questionar sobre o conforto e o comodismo.

Ou seja, o quanto fiquei presinha no gostosinho do conforto da minha casa e quanto esse comodismo me colocou no caminho de repensar o envelhecimento dos meus 40 anos?

E quando digo envelhecimento não estou trazendo uma discussão de aposentadoria, fim de vida! Justamente o oposto. Me sinto muito inteira e com bagagem para compartilhar minha humilde coleção de experiências, mas fato, eu desaprendi a ser essa mulher na pandemia.

Comecei a me questionar: qual mulher sobrou de mim?

Pensando sobre isso tomei algumas atitudes de resgate da minha feminilidade!

Pensando sobre isso tomei algumas atitudes de reversão e resgate da minha feminilidade que compartilho com você de um lugar muito de partilha de amor mesmo. Sabe meio que como aquela irmã mais velha que dá dicas de antecipadas… ao melhor estilo eu te falei!!rs

Como sempre digo:

“questione, teste e avalie o que funciona para você e para sua realidade de vida”

Bom vamos lá, algumas dicas do que tem impactado positivamente o meu resgate.

1-Resgatar e garantir meus momento de solitude!
Vale lembrar que solitude é bem diferente de solidão e eu amo estar na minha solitude, na minha própria companhia sem ser interrompida nas minhas viagens malucas em pensamento. E na pandemia, com todos e tudo acontecendo em casa, me percebi todo o tempo influenciando as agendas para que tudo acontecesse no compartilhar da família.

Um resgate importante da minha parte mulher independente, que saía para trabalho e decidia sentar sozinha em um café e só observar.
Mesmo que ainda dentro de casa, crie momentos para estar em solitude, assistindo aquele filme esquisito, ou chorando sem crise de ser observada e criticada. Ritualize um momento da sua agenda.

2-Pintar as unhas dos pés.
Sim, ninguém em casa vai olhar suas unhas dos pés. Mas você olha e sentir-se viva e pronta para qualquer parada faz a diferença. Colore não só as pontinhas dos dedos, mas também colore o poder pessoal.

3-Revisão na gaveta de lingerie.
Abaixo as calcinhas de “ficar em casa”. Já diz o ditado que comemos primeiro com os olhos, e trocadilhos a parte, precisamos nos sentir desejadas antes mesmo de esperar ser desejadas.

4-Ativação da agenda de encontrinho com as amigas!
Ah, essa é a dica da lista essencial. Resgatar aquele momento de poder falar livremente, piadinhas internas que não funcionam via telefone e sentir até que as pausas silenciosas são de cumplicidade.

5-Exercitar o corpitcho!
Total clichê falar que se colocar em movimento não só trás benefícios físicos como mentais.

Mas quem nunca só de sentir aquela dorzinha pós treino de um dia apenas já não se sentiu mais poderosa?

Bom, eu sou do time da yoga, e existem vários estudos super sérios sobre os benefícios da yoga no despertar da consciência corporal óbvio, mas da vitalidade interna que desperta a feminilidade, equilibrando e potencializando energia! Só sinto! Encontre seu movimento.

6-Escolher um tema aleatório para aprender!
Como trazer novidade para vida? Criando espaço para o novo.

Pode ser culinária, uma habilidade manual, se propor a ler obras de um autor específico, aprender mandarim, algo que desafie o movimento, mas que não haja cobrança por sucesso, só o prazer de uma nova realização.

7-Revisar o conceito de merecimento.
Já se sentiu culpada por estar bem? Ou se pegou pensando, nossa tanta tristeza no mundo e eu querendo fazer melhorias na minha vida?

Pois é. A pandemia nos colocou de frente com muitas dores e de repente agradecer por tudo o que temos se tornou uma necessidade de sobrevivência.
E de repente estamos convencidos de que o que temos está bom.

Quantas pessoas desempregadas e eu pensando em promoção.
Tanta gente perdendo suas pessoas queridas e eu desejando um novo relacionamento feliz.

Acredite: a sua felicidade, a sua busca por algo melhor, o seu crescimento não invalida o mesmo processo em outras pessoas.

O universo é abundante e é a partir na nossa vibração de felicidade que destravamos nossas manifestações, inspiramos quem está por perto para também buscar suas melhorias e uma onda positiva de crescimento se desencadeia.

Enfim, começo a compreender que a minha mulher de 40 renasce com força total, foco no que interessa, firmeza para dizer não e dedicação para construir uma vida simples e melhor!

Viva os 40!

E você sentiu esses desafios do conforto íntimo com a pandemia? Que item adicionaria na lista de dicas? Me conta?

Com amor,
Ellen Rê Camargo
Idealizadora de @beboldup, mulher, estudando sobre rotina saudável e espiritualidade e aprendendo a ser mais feliz a cada dia!

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2 thoughts on “Qual mulher sobrou de mim?

  1. Jamille disse:

    “O universo é abundante e é a partir na nossa vibração de felicidade que destravamos nossas manifestações, inspiramos quem está por perto para também buscar suas melhorias e uma onda positiva de crescimento se desencadeia.”

    Esse trecho fez muito sentido e falou mais alto no meu coração, preciso do tempo com as amigas e também de um tempo de solitude. Obrigada pelas dicas de irmã mais velha, que não tive?

    1. BeBold disse:

      Awww! Que coisa mais linda Mille! Enchei meu coração de inspiração e de amor para seguir compartilhando! Amei o “irmã mais velha que não tive”! Que voçie possa transbordar essa mulher incrível que você é! Beijinhos, Gratidão!!!!

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